Como todos sabem há muito tempo venho gritando por todas as mídias disponíveis, por mim alcançadas, sobre o verdadeiro martírio vivido pelas vítimas do que passei a chamar de INDÚSTRIA DA COBRANÇA.
Busco levar a todos o conhecimento de seus direitos, a fim de interromper este atentado à dignidade da pessoa humana. A garantia do respeito a estes direitos e à dignidade de todos os cidadãos está prevista em nossa Lei Maior, a Constituição Federal.
Já dizia Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Porém, em nosso país, muitos milhares, talvez milhões de bons cidadãos acabam por se quedar calados ante as atrocidades cometidas por esta verdadeira indústria, que não enxerga limites em seus objetivos de faturar o máximo, por meio de falsas ameaças e cobranças abusivas.
Ameaças de penhora de imóveis, de confisco de contas bancárias e de busca e apreensão de veículos, vazias de legalidades, mas infladas de conteúdo amedrontador, levam ao desespero famílias honradas e honestas que acabam se sentindo impotentes frente a uma verdadeira tragédia financeira que lhes parece iminente.
Na origem da inadimplência que hoje atinge 60 milhões de brasileiros (mais de metade da população economicamente ativa), podemos identificar, além da falta de conhecimento sobre questões financeiras, a intensa propaganda com os mais sedutores apelos ao crédito e, consequentemente, ao endividamento. Tal qual o canto da sereia, a publicidade consumista que nos bombardeia incessantemente leva as pessoas a assumirem compromissos financeiros que não poderão ser quitados.
É o caso das campanhas publicitárias que oferecem longos financiamentos sem juros, ou propagam a ideia de que empréstimos são a solução para quem está endividado ou com suas finanças em desequilíbrio, acabando por destroçar tantos milhares de confusos consumidores. Depois de serem iludidos, esses cidadãos passam a ser impiedosamente acossados e atacados, agora pela cruel pressão promovida pela INDÚSTRIA DA COBRANÇA que, ainda neste momento, busca obter indevidos lucros, à custa do desespero e do desconhecimento dos brasileiros.
Esses algozes têm o objetivo comum de extorquir recursos financeiros até o limite do possível. E, em troca, destroçar emocionalmente tantas de milhares de pessoas, que hoje gritam em desespero por auxílio.
Logo que os consumidores se desfazem do silêncio e desafiam a indústria da cobrança, são oferecidos acordos, através de ações judiciais requerendo a imediata suspensão da amaldiçoada cobrança e pleiteando indenizações por danos de ordem moral. A Justiça tem respondido a esta realidade com a imediata oferta de acordos, propondo o pagamento de indenizações, antes mesmo de acontecer a primeira audiência, denominada “conciliatória”.
Os bancos sabem dos abusos que praticam, e sempre que possível tentam evitar que o Poder Judiciário tome conhecimento destes absurdos.
Tem sido este o resultado imediato obtido em considerável número de ações judiciais movimentadas no sentido de combater os excessos da indústria da cobrança.
Se você é uma das vítimas desta indústria, a oportunidade de lutar é agora.
Se você não é, com certeza conhece quem esteja vivendo este sofrimento. Então, faça a sua parte e compartilhe este conhecimento.
Não faz sentido silenciar o conhecimento e permitir que esta indústria continue agindo em liberdade. Se os maus gritam e continuam a gritar, os bons é que não podem se calar.